quinta-feira, 2 de abril de 2015

EUGÊNIO KUSNET

EUGÊNIO SHAMANSKY KUZNETSOV
(76 anos)
Ator e Dramaturgo

* Kherson, Ucrânia  (29/12/1898)
+ São Paulo, SP (29/08/1975)


Eugênio Kusnet nasceu em Kherson, próximo à Criméia (hoje Ucrânia), na região sul do antigo Império Russo, filho do oficial Nicolau Shamansky e de Olga Shamansky. Estudando até os 18 anos na Escola Politécnica, alista-se no exército russo para lutar na Primeira Guerra Mundial, participando em seguida da Revolução Russa. Após a vitória bolchevique, trabalha durante 7 anos com teatro nos países bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia), sofrendo forte influência da escola de Stanislavski e, diante de perspectivas desfavoráveis para seu desenvolvimento profissional naqueles países, começa a nutrir o desejo de imigrar para o Brasil, e aqui chega em 1926, onde dedica-se primeiramente ao comércio, dadas as imensas dificuldades de profissionalização na área teatral no país naqueles anos, tornando-se um pequeno empresário.

Na década de 1930 começou a se interessar pelo teatro brasileiro, mas só fez sua estréia em 1951 a convite de Ziembinski, atuando e trabalhando nos bastidores da peça "PAIOL VELHO", de Abílio Pereira de Almeida, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). 
 
De 1951 a 1957, participa de várias montagens do TBC, como "SEIS PERSONAGENS Á PROCURA DE UM AUTOR", de Luigi Pirandello, com direção de Adolfo Celi; "CONVITE AO BAILE", de Jean Anouilh, dirigido por Luciano Salce; "A CASA DE CHÁ DO LUAR DE AGOSTO", de John Patrick, com direção de Maurice Vaneau; e "OS INTERESSES CRIADOS", de Jacinto Benavente, direção de Alberto D'Aversa, entre outros.

A sua estreia no cinema deu-se no filme "SINHÁ MOÇA" (1953), produzido pela CIA. VERA CRUZ,  inspirado no romance homônimo de Maria Dezone Pacheco Fernandes, com direção de Tom Payne ,  interpretando o frei José. Ainda no Cinema esteve, entre outros filmes, no elenco de dois dos maiores sucessos de bilheteria: "ZÉ DO PERIQUITO" (1960) e "TRISTEZA DO JECA" (1961), ambos ao lado do grande cômico Mazzaropi.
 
Paralelamente a esses trabalhos, participa também do GRANDE TEATRO TUPI, onde além de atuar assina a direção de "MANEQUIM" (1952), de Henrique Pongetti. Com Maria Della Costa, atua em "DESEJO" (1953), de Eugene O'Neill, e "O CANTO DA COTOVIA" (1954), de Jean Anouilh, direção de Gianni Ratto, inaugurando o Teatro Maria Della Costa. Ainda na TV Tupi, atua nas peças de teleteatro: "BELINDA" (1958), "APENAS O FARAÓ TEM ALMA" (1958)  e "ANNA CHRISTIE" (1958).

Em 1958, passa a fazer parte do TEATRO DE ARENA, na montagem de "ELES NÃO USAM BLACK-TIE", de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de José Renato. No ano seguinte, está novamente no elenco de outra montagem de um texto de Gianfrancesco Guarnieri: "GIMBA", dirigido por Flávio Rangel
 
Depois de atuar em "A VISITA DA VELHA SENHORA" (1962), de Dürrenmatt, com Cacilda Becker, integra o elenco do TEATRO OFICINA, nas peças "PEQUENOS BURGUESES" (1963) e "OS INIMIGOS" (1966), ambos os  textos de Máximo Gorki, dirigidos por José Celso Martinez Corrêa.

Nesse período, Eugênio Kusnet volta para a Rússia, onde freqüenta cursos de formação de atores, na Escola Estúdio do Teatro de Arte e na Escola Teatral de Stuchkin, anexa ao Teatro Vakhtangov, aperfeiçoando seu método de criação do papel. Na volta ao Brasil, dá aulas, lecionando teatro na Escola de Arte Dramática da USP e na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, além de ser preparador de elenco de grandes espetáculos como Jesus Cristo Superstar.
 
Em 1967, faz o seu último trabalho de ator teatral, atuando em "MARAT-SADE", de Peter Weiss, com tradução de Millôr Fernandes e direção de Ademar Guerra, ao lado de nomes como: Noêmia Marcondes, Aracy Balabanian, Armando Bogus, Serafim Gonzales e grande elenco.
Nos últimos anos de sua vida, e já fora dos palcos, dedica-se à pedagogia e escreve dois livros: "Iniciação à Arte Dramática" e "Introdução ao Método da Ação Inconsciente". Posteriormente, os dois títulos são reunidos em um só volume, que recebe o nome de "Ator e Método".
 
Morre em São Paulo no dia 29 de agosto de 1975, vitimado por um câncer na próstata, aos 76 anos de idade.

Em sua homenagem, o  TEATRO DE ARENA, na Rua Teodoro Baima, no centro da capital paulista, é rebatizado com o nome de TEATRO EUGÊNIO KUSNET.
 
DEIXOU SAUDADES...
 
FILMOGRAFIA:
  • 1953 - Sinhá Moça ..... Frei José
  • 1956 - A Estrada
  • 1957 - Casei-me Com um Xavante
  • 1958 - Cara de Fogo ..... Tonico
  • 1958 - Uma Certa Lucrécia ..... Alexandre
  • 1959 - Cidade Ameaçada
  • 1960 - Zé do Periquito
  • 1960 - Estrada do Amor (West Ist Der Weg) (Alemanha)
  • 1961 - Tristeza do Jeca
  • 1967 - A Derrota
  • 1968 - Hitler Terceiro Mundo
  • 1968 - O Homem que Comprou o Mundo
  • 1974 - Gente Que Transa (Os Imorais)
 
 
fonte: Wikipédia, Teatropédia
pesquisa e montagem: Daniel Pereira

Um comentário:

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